Programação virtual contou com espetáculos de teatro, dança e de cultura popular, integrando a produção de diversas regiões do estado.

por Luiz Pereira Neto

Interligar e promover o debate e o intercâmbio de quem faz teatro e dança no interior de Pernambuco, foi um dos objetivos da 2º edição do Festival Canavial de Artes Cênicas, com patrocínio da Lei Federal 14.017/2020, através do Governo de Pernambuco. O festival foi realizado de forma virtual, promovendo a descentralização das suas ações e contou com a participação de grupos e espetáculos oriundos de seis regiões de desenvolvimento do estado, da RMR até o sertão do Pajeú. Foram dez cidades participantes, tendo como polo de produção, o município de Goiana na (Mata Norte) e Vitória de Santo Antão (Mata Sul), seguidas por Recife (RMR), Aliança, Itambé e Glória de Goitá (Mata Norte), Limoeiro (Agreste Setentrional), Gravatá e Caruaru (Agreste Central) e Serra Talhada (Sertão do Pajeú). Além dos nossos conterrâneos, a programação contou com a participação do Chico Simões com o Mamulengo Presepada, convidado ilustre do planalto central (DF).

Com um resultado positivo, obteve o alcance de mais de 2,8 mil acessos na programação proposta pela Santiago Produções e toda equipe, definida por uma curadoria, realizada coletiva e seguindo a linha curatorial pensada desde a primeira edição, incluído trabalhos como teatro adulto, teatro infantil, teatro de bonecos, dança, contação de história e teatro de rua, ampliando as linguagens com a participação de Cavalo Marinho e do Mamulengo, que são artes cênicas, na mais pura versão popular.

Um dos pontos altos do Festival Canavial 2021, foi a realização do seminário que visou dialogar em torno do movimento cultural de Pernambuco, e que encerrou a programação do festival. Com mediação do produtor Cleiton Santiago, o público pode conferir gratuitamente, um amplo encontro com nomes de referência de diversas regiões do estado, como Alexandre Veloso (Goiana), Afonso Oliveira (Recife), Karl Marx (Serra Talhada), Ricardo Lima (Gravatá), Mestra Titinha (Glória do Goitá), Agricélia Genúino (Recife), Willams Santana (Recife) e Washington Santos (Itambé). Durante pouco mais de duas horas de seminário, os participantes puderam expor suas vivências dentro do movimento cultural de suas cidades e regiões. Além do mais, o seminário realizado na noite da quarta-feira (02), propôs falar das cidades do Interior Pernambucano, expondo avanços, dificuldades e a importância da produção cultural e das artes cênicas nestes municípios, a partir das visões de cada um, dentro das políticas culturais interioranas.

“Essa foi uma edição histórica para nós, conseguimos entregar ao público um trabalho de qualidade e acessível, efetivamos a 2ª edição do festival, em meio a uma pandemia, graças ao incentivo da LAB, promovemos a reunião e a união, de artistas de vários seguimos, além de uma gama de profissionais, a fazer cultura no mundo virtual. Agora só nos resta colher os frutos, e nos planeja para próxima edição.” Comenta, Cleiton Santiago, produtor do evento.